A Copa América Feminina chega à sua décima edição e começa nesta sexta-feira (11), em Quito, no Equador. A primeira partida será entre as donas da casa e o Uruguai, às 21h (horário de Brasília). A rodada de abertura segue no sábado, com Peru enfrentando o Chile. No domingo (13), a Seleção Brasileira estreia contra a Venezuela, às 21h, e Bolívia e Paraguai se enfrentam às 18h.
O Brasil lidera o histórico da competição, com oito títulos em nove edições. A única vez que não venceu foi em 2006, quando a Argentina levou a taça.
Formato do torneio
Dez seleções disputam o título, divididas em dois grupos com cinco equipes. Cada equipe folga em uma das cinco rodadas da fase de grupos. As duas melhores de cada grupo avançam para as semifinais, marcadas para os dias 28 e 29 de julho. A final acontece no dia 2 de agosto. As seleções eliminadas nas semifinais disputam o terceiro lugar, em 1º de agosto.
As seleções que terminarem em terceiro nos grupos A e B jogam pelo quinto lugar em 28 de julho. A vaga garante classificação para os Jogos Pan-Americanos de 2027, em Lima (Peru). Já as duas finalistas se classificam para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028.
Pela primeira vez, a Copa América não servirá como classificatória para a Copa do Mundo. A Conmebol decidiu separar as eliminatórias femininas, que definirão as vagas para o Mundial de 2027, no Brasil.
Grupo A – Sede em busca de sonho olímpico
Argentina: A Albiceleste chega à competição com desempenho fraco em 2025. A seleção disputou seis amistosos, venceu dois, empatou um e perdeu três. Na preparação final, sofreu goleada por 4 a 1 contra a Austrália, o que evidenciou fragilidades defensivas.
Chile: Sem grandes investimentos, o Chile ficou fora da Copa do Mundo de 2023 ao perder para o Haiti na repescagem. A fraca campanha na Copa América de 2022, com um terceiro lugar no Grupo A, prejudicou a classificação. A equipe tenta recuperar espaço no cenário sul-americano.
Equador: As anfitriãs esperam repetir sua melhor campanha, quando terminaram em terceiro lugar em 2014. Com apoio da torcida, as equatorianas sonham com uma vaga nos Jogos Olímpicos de 2028 e apostam na força como mandantes para surpreender.
Peru: Sob comando da brasileira Emily Lima desde 2023, a seleção peruana passa por reestruturação. Na última edição, terminou na lanterna geral. O objetivo é construir um time competitivo para disputar as eliminatórias da Copa de 2027 com mais força.
Uruguai: As Celeste vivem uma crise interna. Jogadoras se recusaram a treinar em protesto contra a Associação Uruguaia de Futebol (AUF), exigindo melhores condições. Após negociações, aceitaram disputar o torneio. Entre as 23 convocadas, 17 jogam fora do país, quatro delas no Brasil.
Grupo B – Favoritismo brasileiro, mas com rivais perigosas
Brasil: A Seleção Brasileira é a grande favorita ao título. Com oito títulos e nove finais em nove edições, a equipe tem histórico dominante. Após a chegada de Arthur Elias, o time retomou confiança, subiu para o 4º lugar no ranking da FIFA e busca consolidar a nova geração. O desafio está na juventude do elenco, que ainda precisa adquirir experiência em torneios decisivos.
Bolívia: A La Verde segue como a seleção com menor investimento no futebol feminino sul-americano. Sem evolução significativa, sofre para marcar e defender. Na última Copa América, terminou zerada, sem conquistar nenhum ponto.
Colômbia: A Colômbia vive grande fase. Vice-campeã da última edição, chegou à final contra o Brasil e arrancou empate em amistoso recente diante das brasileiras. A seleção evoluiu tecnicamente e se firmou como uma das mais competitivas da América do Sul.
Paraguai: A seleção paraguaia alterna entre boas e más campanhas. Com orçamento limitado, investe no desenvolvimento de categorias de base como estratégia de longo prazo. O foco está na formação de atletas para os próximos ciclos.
Venezuela: A seleção venezuelana mescla jogadoras experientes com jovens promessas. No entanto, a equipe oscila bastante ao longo das competições, o que prejudica a regularidade e o desempenho. Pode surpreender, mas também corre risco de ficar pelo caminho.
O que esperar da Copa América 2025
O Brasil chega como favorito absoluto. Pela tradição, conquistas anteriores e boa fase, é difícil imaginar outra seleção levantando a taça. No entanto, Colômbia, Argentina e Equador podem atrapalhar a caminhada brasileira. O confronto direto entre Brasil e Colômbia, na última rodada da fase de grupos, pode se repetir na grande final.
Mesmo com favoritismo, o caminho até o título deve ser desafiador. A Colômbia tem sido uma adversária à altura e o Equador conta com o fator casa. Se o chaveamento permitir, o reencontro entre Brasil e Colômbia na decisão é o desfecho mais provável. O top 3 do torneio tende a ter Brasil, Colômbia e Equador.