A história de Joaninha

A emocionante história de Joaninha, a gatinha que chegou ferida e encontrou amor, carinho e um lar para chamar de seu.

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Elson e Joaninha
Elson e a gatinha Joaninha que conquistou a família Oliveira com sua doçura e lealdade. Foto: Arquivo pessoal.

Interessante falar de animais!… Mais interessante ainda é conhecê-los e aprender a admirá-los. Neste momento em que tento rabiscar essas palavras, a título mais de extravasar a minha admiração, a dona desta história está ali, sentada e fazendo de conta que está dormindo, em sua cadeira preferida, logo atrás de mim. Sim, a uns dois metros às minhas costas.

Sabe por que ela se coloca sempre nessa posição? Questão de estratégia. O local foi ela quem escolheu. Dali ela sente e vê a hora que dou uma escapulida. Quando isso acontece, ela levanta a cabeça, para ter a certeza de que eu estou dando no pé, e apruma na mesma hora e segue junto comigo, como uma secretária amável e competente, querendo adivinhar de que o patrão está precisando naquela hora.

Trabalho no escritório dos fundos, porém muitas vezes tenho de conferir ou buscar alguma coisa no escritório da frente. E é nessa hora que ela se desperta, pula no chão e me segue, porque não admite ficar para trás. Isso se repete constantemente. Ela não se acostumou a sair de casa. Tem medo de pessoas estranhas e de automóvel. 

Joaninha pernoita em local próprio e distinto, mas conjugado à minha casa. Quando saio e permaneço dois, três dias fora, pra ela é um sofrimento. A gente percebe que ela sofre bastante. Verdade que deixo tudo prontinho: ração e local seguro para dormir. E quando volto, ela se aproxima e me recebe com meados tristes e reclamatórios, porém carinhosos. E basta a retribuição àquela manifestação de carinho pra ela se acalmar, e a vida voltar à normalidade.

Jamais tive a pretensão de adotar um animal. Muito menos gato. Até por que tive uma experiência não muito saudável com a adoção de um cãozinho, para satisfazer os gostos dos meus filhos quando eram pequenos. Não foi bom. Muito sofrido. E sobre gato e cachorro, o que a gente ouve por aí é que quando a pessoa ou a casa está em perigo, o cão late e defende o dono. Já o gato, abre na capoeira, deixando o dono entregue à própria sorte.

No caso da Joaninha, tudo começou de forma bem diferente. Ela apareceu no quintal da nossa casa andando bem devagarzinho e sangrando. Muito novinha. Eu e minha esposa fomos tomados por compaixão. Levamos a coitadinha ao veterinário que, de imediato, apresentou o diagnóstico: início de aborto. Ficou internada três dias. Submeteu-se às cirurgias necessárias, recebeu vacina e os demais cuidados que o caso requeria.

Foi então que a equipe veterinária, após receber o preço pelos atendimentos, disse com manifesta satisfação: “Eis a sua filha! Está linda! Pode levá-la”. Como assim? – respondi. “Ela não é sua?” – foi a resposta que ouvi. Não, ela não é minha, é uma gata de rua, apareceu lá em casa nessa situação e aí resolvemos fazer uma caridade. “Por que você não entra, pra verificar o quanto ela está linda?”. Obedeci. Entrei e dei de testa com uma coisinha meiga, olhinhos espertos, saudável e olhar fixo que mais parecia me pedir para adotá-la.

Somente aí foi que me dei conta de que a sua adoção já estava ditada pelo nosso coração, meu e da minha esposa. Imediatamente eu disse que ela se chamaria Joaninha, nome que surgiu sem que eu mesmo me resguardasse para pensar um pouco mais.

Hoje, Joaninha faz parte do nosso dia a dia. Ela chegou num momento muito especial. É que eu acabara de receber alta hospitalar, em que fiquei internado uma semana para me livrar da covid e escapar da morte. Moramos no interior, eu e minha esposa. Temos três filhos vivos que residem na capital. Netos, oito, espalhados pelo Brasil e pelo mundo. E um bisneto. Tínhamos o Emanuel, que nasceu com deficiência física e mental e que adotamos legalmente como filho. Ficou conosco dezoito anos. Foi morar com Deus.

Afinal de contas, que tipo de animal é o gato?

Estudos apontam que os gatos são vistos como seres possuidores de uma percepção mais aguçada da realidade física e espiritual, com capacidade para sentir energias e presenças que escapam aos sentidos humanos. Acredita-se que eles possam atuar como protetores e curadores energéticos, além de ser considerados guias espirituais. 

São seres que conseguem perceber outras dimensões e realidades, além do mundo físico. São vistos como sensores vivos, capazes de sentir energias sutis e desequilíbrios energéticos no ambiente. Acredita-se ainda mais que os gatos absorvem energias negativas e as transformam, ajudando a purificar o ambiente e proteger seus tutores. Além do mais, auxiliam no desenvolvimento da intuição e confiança nos próprios instintos, inspirando independência e força interior. 

O ronronar do gato, além de ser um sinal de sua alegria e de seu contentamento, pode ter propriedades de cura vibracional e ajuda na elevação da energia à sua volta. São permanentes observadores do ambiente e das pessoas, o que pode ser interpretado como uma forma de percepção energética. Quando um gato se esfrega em alguém, pode estar tentando afastar energias negativas e compartilhar energias positivas. A presença de um gato pode ser vista como um sinal de proteção, paz e tranquilidade espiritual.

Contudo, há um condicionador muito especial. É que nenhuma dessas propriedades será desenvolvida se o gato não é tratado com amor e carinho. É justamente essa empatia amorosa que atrai e impulsiona o gato a desenvolver todas essas propriedades. Se o gato é bem tratado, pode ter certeza de que ele saberá retribuir, vez que o carinho que ele recebe é que estimula os seus sensores para estar ali, rente com seu tutor, absorvendo o mal invisível que circula no ambiente e libertando aquele ou aquela pessoa que lhe é cara de toda a nocividade, no intuito de restaurar a saúde e a paz.

Nesse sentido, tenho observado na Joaninha que, nos momentos em que me sinto mais angustiado no dia a dia, é justamente aí que ela se aproxima mais de mim, esfregando-se como pode e procurando deitar sobre os meus pés, como forma de absorver o mal que me aflige. E quando a vida volta ao normal, o seu comportamento também se normaliza.

Esta é a história de Joaninha.

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