A capital de Goiás, planejada ainda na década de 1930, guarda curiosidades que ajudam a compreender sua formação histórica, urbanística e cultural. De nome quase diferente à forte presença do estilo Art Déco, Goiânia tem alguns aspectos que alguns moradores podem não conhecer. Confira alguns.
Goiânia quase foi “Petrônia”
Em 1933, o jornal O Social promoveu um concurso para batizar a nova capital. A sugestão vencedora na votação popular foi “Petrônia” (em homenagem a Pedro Ludovico Teixeira), com 105 votos, enquanto “Goiânia” teve menos de 10 – mas, em 2 de agosto de 1935, o governador Pedro Ludovico impôs oficialmente o nome Goiânia, sem revelar os motivos dessa escolha.
Cidade dividida em setores com propósito definido
O projeto urbanístico de Attilio Corrêa Lima (reformulado por Armando de Godoy) organizou Goiânia em setores numerados. Alguns refletiam sua função original, como o Setor Sul, idealizado como “cidade-jardim”, com praças e vielas verdes, inspirado no movimento de Ebenezer Howard.
Capital com grande número de veículos por habitantes
Dados do último Censo do IBGE estimavam que Goiânia possuía cerca de 1,33 milhão de veículos para 1,44 milhão de habitantes, o que correspondia a 0,92 veículo por pessoa no período de coleta dos dados. Até 2023, esse índice colocava a cidade em 3º lugar entre as capitais brasileiras em proporção de veículos por habitante.
O Coreto da Praça Cívica é Art Déco e palco do “Batismo Cultural”
O emblemático coreto, no coração da Praça Doutor Pedro Ludovico Teixeira, foi inaugurado em 5 de outubro de 1942, mesmo ano das cerimônias do Batismo Cultural de Goiânia. É um dos principais exemplares do estilo Art Déco da cidade, palco de eventos políticos e do próprio lançamento cultural da capital.
Estação Ferroviária: do trem ao espaço cultural
A antiga Estação Ferroviária de Goiânia foi inaugurada em 1950 e recebeu trens de carga e passageiros até a década de 1980, quando o pátio foi transferido para Senador Canedo. Hoje, o prédio, tombado pelo IPHAN, abriga o Museu Frei Confaloni.