A Polícia Federal (PF) concluiu nesta última semana o laudo que explica o colapso da ponte Juscelino Kubitschek, estrutura que ligava os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO).
Segundo os peritos, a causa do desabamento que matou 14 pessoas, foi uma combinação entre omissão do poder público e excesso de peso sobre o vão central da ponte, construída na década de 1960. As informações são do Fantástico.
Relembre
O acidente ocorreu na véspera de Natal, em 22 de dezembro de 2024, quando vários veículos cruzavam a ponte. Ao todo, 18 pessoas caíram no rio; apenas uma sobreviveu. A investigação durou mais de sete meses e utilizou drones, scanners a laser e modelagem 3D para reconstruir os momentos que antecederam o colapso.
Estado crítico da ponte
De acordo com o laudo, a ponte já apresentava sinais críticos de desgaste há anos. Em 2020, um relatório do DNIT alertava para vibrações excessivas e rebaixamento de 70 cm no vão central, classificando a estrutura como “precária”. A tentativa de licitação para obras em 2024 fracassou e o desabamento aconteceu antes que qualquer intervenção fosse iniciada.
Omissão
Para o delegado da PF, Allan Reis, a tragédia poderia ter sido evitada. “Não foi um caso fortuito. Foi anunciado, era de conhecimento e plausível que poderia acontecer”, disse. Diante das evidências, a PF deve intimar responsáveis por decisões de manutenção
Nova ponte
A ponte foi implodida em fevereiro de 2025. Uma nova estrutura está sendo construída no local, com 630 metros de extensão e previsão de entrega para dezembro. Enquanto isso, a travessia entre MA e TO segue sendo feita por balsas.