A Polícia Federal (PF), em colaboração com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta sexta-feira (28/11) a Operação Check-up 192 para apurar suspeitas de irregularidades na manutenção das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Goiânia. As investigações miram contratos firmados entre 2022 e 2024, período correspondente à gestão do então prefeito Rogério Cruz.
Segundo os órgãos de controle, há indícios de que parte da frota do Samu permaneceu parada por longos períodos, mas continuou gerando despesas como se estivesse em operação normal. Entre as suspeitas apontadas estão serviços de manutenção que teriam sido simulados, superfaturamento de valores, uso de oficinas clandestinas e emissão de notas fiscais consideradas falsas por empresas contratadas para atender o serviço.
A ação desta sexta cumpriu nove mandados de busca e apreensão — sete em Goiânia e dois em Aparecida de Goiânia — direcionados a servidores municipais, empresas e pessoas físicas que teriam envolvimento no suposto esquema. A PF afirma que o objetivo é reunir provas que confirmem ou descartem as fraudes investigadas.
A atual gestão da Prefeitura de Goiânia informou que está colaborando com as autoridades e disponibilizando documentos solicitados para o avanço das investigações. O município também declarou que aguarda a conclusão do inquérito para eventual responsabilização dos envolvidos.
As apurações seguem em sigilo, e nenhum dos suspeitos teve o nome divulgado oficialmente até o momento. A PF ainda deverá analisar notas fiscais, contratos e registros de manutenção que podem indicar a extensão dos prejuízos causados aos cofres públicos.








