Em tom de mobilização, a deputada federal e presidenta estadual do PT em Goiás, Delegada Adriana Accorsi, afirmou nesta segunda-feira (13/10) que o partido só pretende dialogar com legendas progressistas nas próximas eleições. A declaração foi feita durante live com a youtuber Andréa Gonçalves e reforça o alinhamento do diretório goiano com a estratégia nacional de fortalecimento da base popular do governo Lula.
Críticas ao centrão e à extrema-direita
Adriana criticou duramente o centrão e a extrema-direita pela derrubada da Medida Provisória das Bets, que aumentava a tributação sobre setores altamente lucrativos, como apostas eletrônicas e fintechs. Segundo ela, o episódio mostrou mais uma vez que esses grupos “seguem servindo aos ricos e super-ricos”.
Para a parlamentar, o governo agiu corretamente ao exonerar indicados do centrão em cargos de segundo escalão. “Essa votação prejudicou o Brasil e o povo brasileiro, não o presidente Lula. Esses partidos e deputados não podem estar governando junto com o presidente”, disse.
Aliança com o povo e foco em 2026
Durante a conversa, Adriana defendeu que o PT concentre esforços em alianças com movimentos sociais e sindicatos.
“Nossa aliança é com o povo, com a classe trabalhadora. Só vamos conversar com partidos que defendem a democracia, os direitos dos trabalhadores e a justiça tributária. É nessa aliança que vamos dar uma grande votação para o presidente Lula aqui em Goiás”, afirmou.
A deputada anunciou que o partido em Goiás já prepara a construção de uma chapa sólida para servir de palanque à reeleição de Lula em 2026 e fortalecer as bancadas estadual e federal.
Tributação justa e novo projeto
Adriana reiterou que a justiça tributária só será possível quando “bilionários, bancos e bets pagarem impostos de forma justa, assim como o trabalhador, o comerciante e o autônomo”.
Ela também revelou que a bancada petista apresentou um novo projeto que eleva para 24% a taxação sobre casas de apostas. A MP derrubada previa aumento de 12% para 18% sobre o setor e também modificava a tributação de fintechs e aplicações financeiras, limitando compensações fiscais e destinando recursos ao programa Pé-de-Meia.
“Junto com o povo brasileiro, vamos aprovar esse projeto no Congresso”, concluiu.