O Brasil viveu um fim de semana histórico no Mundial de Ginástica Rítmica, realizado pela primeira vez na América do Sul, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. O conjunto brasileiro conquistou duas medalhas de prata, resultado inédito que coloca o país entre as principais potências da modalidade.
No sábado (23), as ginastas brasileiras garantiram o primeiro pódio da história no Mundial ao ficarem em segundo lugar no conjunto geral, atrás apenas do Japão. No domingo (24), veio mais uma prata na final mista com três bolas e dois arcos. A equipe formada por Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Mariana Gonçalves e Maria Paula Caminha recebeu 28.550 pontos, ficando apenas 0,1 atrás da Ucrânia, campeã da prova. A China completou o pódio.
O resultado representa um marco para o país, que até então tinha como melhor desempenho a quarta colocação obtida em 2023. “Foi a melhor série das nossas vidas. Queríamos terminar este Mundial em casa da melhor maneira possível e conseguimos”, afirmou a capitã Duda Arakaki. A técnica Camila Ferezin também destacou a conquista como fruto de anos de dedicação e preparação.
Além do desempenho no conjunto, Bárbara Domingos, a Babi, fez história no individual. Ela terminou em nono lugar, a melhor colocação do Brasil na categoria em Mundiais, superando sua própria marca de 2023, quando havia sido 11ª. Geovanna Santos também se destacou ao disputar sua primeira final e terminar em 18º.
Com arquibancadas lotadas e torcida vibrante, a participação brasileira reforçou o crescimento da ginástica rítmica no país. A competição reuniu 78 países e mais de 650 atletas, consolidando o Mundial do Rio como o maior já realizado na modalidade. O legado inclui não apenas as conquistas esportivas, mas também os investimentos em infraestrutura e programas de incentivo que devem sustentar novos resultados até os Jogos Olímpicos de 2028.