A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta quarta-feira (20) pelo Dieese e pela Conab, mostrou que em julho houve queda de preços em 15 capitais e alta em 12. O levantamento, que pela primeira vez cobriu todas as 26 capitais e o Distrito Federal, revelou comportamentos distintos entre as regiões.
As reduções mais relevantes foram observadas em Florianópolis (-2,6%), Curitiba (-2,4%), Rio de Janeiro (-2,3%) e Campo Grande (-2,1%). As maiores altas ficaram no Nordeste, lideradas por Recife (2,8%) e acompanhadas por Maceió, Aracaju, João Pessoa, Salvador, Natal e São Luís.
No ranking dos preços, São Paulo segue com a cesta mais cara (R$ 865,90), enquanto Goiânia aparece em posição intermediária, mas com desempenho de destaque ao longo do ano: no acumulado de 2025, foi a capital que registrou a menor variação do país, apenas 0,3%, contrastando com Recife, que chegou a 11,4%.
Ainda nessa pesquisa, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário em julho deveria ter sido de R$ 7.274,43, em 2025, aproximadamente 5 vezes o valor atual, de R$ 1.518. Em média, o trabalhador remunerado com o piso nacional comprometeu 50,9% da renda líquida para adquirir a cesta básica nas capitais.
Entre os produtos, a pesquisa apontou queda no preço do arroz na maior parte do país, redução do feijão em 24 capitais, barateamento do café em pó em 21 e comportamento misto da carne bovina, com recuos em 16 localidades.