A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) emitiu um alerta à população para que redobre os cuidados contra o Aedes aegypti, especialmente durante o período de estiagem. Segundo a pasta, com a ausência de chuvas, os focos de proliferação do mosquito passam a se concentrar principalmente dentro das residências, em reservatórios e objetos que acumulam água.
Durante a temporada de chuvas, a preocupação maior costuma recair sobre lotes baldios, quintais e descarte irregular de lixo. Já na seca, os ambientes domésticos tornam-se o principal foco, com atenção redobrada para vasos sanitários, recipientes de água de animais, calhas entupidas, caixas-d’água destampadas e piscinas sem manutenção.
Um dado importante reforçado pela SES é que os ovos do mosquito podem sobreviver por até um ano sem contato com a água. Isso significa que, mesmo durante a seca, a vigilância deve ser contínua, com a limpeza regular e a vedação adequada dos reservatórios.
Até o momento, Goiás já contabilizou mais de 111 mil casos suspeitos de dengue e 63 mil casos confirmados apenas este ano. Isso representa um aumento de 71% em comparação com o mesmo período de 2024. O estado também já confirmou 45 mortes pela doença, com outros 66 óbitos em investigação.
Situação da vacinação
A vacinação contra a dengue segue disponível para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. Até agora, foram aplicadas 502.157 doses, sendo 356.830 referentes à primeira dose e 145.327 à segunda. No entanto, 140 mil jovens (45,95%) ainda não retornaram para completar o esquema vacinal.
Em abril de 2024, o estado também ampliou temporariamente a vacinação para a faixa etária de 4 a 59 anos, devido à proximidade do vencimento de um lote de vacinas com validade até 30 de abril daquele ano. Neste grupo, foram aplicadas 554.630 doses, sendo 389.812 da primeira dose e 164.818 da segunda. Porém, 172.620 pessoas (51,15%) ainda não retornaram para completar a imunização.