Um alerta de saúde pública está em vigor em Goiás após a notificação de dez casos suspeitos de intoxicação por metanol. Em meio a essa situação ocorreu a morte de um homem de 43 anos, na segunda (20), que estava internado no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. A morte dele segue formalmente sob investigação.
Em resposta à ameaça, uma força-tarefa estadual, realizada entre 8 e 14 de outubro, promoveu a fiscalização de 1.193 estabelecimentos comerciais. A operação encontrou 7.539 bebidas com irregularidades, como validade vencida ou ausência de informações de procedência. Do total, 665 amostras foram recolhidas para análise laboratorial, mas até o momento, nenhuma testou positivo para adulteração por metanol.
Do total de dez notificações no estado, a Secretaria de Saúde de Goiás informa que cinco casos foram “excluídos”, por não se enquadrarem nos critérios de suspeita, e quatro foram “descartados”, após exames laboratoriais darem resultado negativo para a substância. O caso que segue em investigação é o do paciente que faleceu.
O cenário goiano reflete uma preocupação nacional. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já confirmou 47 casos de intoxicação por metanol e mantém outras 57 ocorrências sob investigação.
Diante do risco, autoridades de saúde reforçam a orientação para que a população não consuma bebidas de procedência duvidosa. Os principais sintomas de contaminação por metanol incluem náusea, dor abdominal, dificuldade para enxergar e confusão mental. A recomendação é procurar atendimento médico imediato ao sentir qualquer um desses sinais.