A Prefeitura de Aparecida de Goiânia anunciou a implementação de um reajuste de 6,27% nos salários de todos os professores da rede municipal de educação, a partir de 1º de maio de 2025.
A medida foi oficializada por meio de um projeto de lei protocolado na Câmara Municipal e visa elevar o salário dos docentes para R$ 4.867,77. Apesar do anúncio, a categoria optou por continuar em greve, o que levou a Prefeitura a solicitar à Justiça a decretação da ilegalidade da paralisação.
O pedido foi protocolado na 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), onde a Prefeitura solicita uma tutela provisória para que os servidores retornem ao trabalho. A greve, que tem causado transtornos significativos para alunos e pais, segue sem uma solução definitiva, enquanto o município tenta reverter a situação.
O prefeito Vilela, no último domingo (11), defendeu que o reajuste de 6,27% atende ao que havia sido acordado com a categoria, ressaltando que a medida busca assegurar que nenhum professor receba abaixo do piso salarial. Segundo ele, o município também tem priorizado investimentos na infraestrutura das escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), além de garantir que os salários dos servidores, incluindo os dos professores, estão em dia.
Apesar de enfrentar um cenário financeiro desafiador, com débitos herdados de administrações anteriores, a gestão de Vilela destaca que, em apenas quatro meses de governo, conseguiu equilibrar as contas e manter o pagamento dos salários em dia. O prefeito ainda enfatizou a importância do retorno dos professores às salas de aula para a melhoria da qualidade do ensino, apontando que Aparecida ocupa a 201ª posição no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre 246 municípios.
A prefeitura também informou que, antes do reajuste, a média salarial dos professores em Aparecida já era superior ao piso nacional, com uma média de R$ 6.500, sendo que apenas 21 profissionais recebiam menos do que o piso, o que será corrigido com o novo aumento. A administração municipal também reiterou que, apesar da situação fiscal difícil, está disposta a negociar a questão do retroativo com os servidores.