A primavera começa nesta segunda-feira (22) e traz mudanças importantes no clima do país. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) prevê chuvas acima da média no Centro-Oeste, no Sudeste e no litoral do Nordeste. Já no sul da Região Norte e no interior do Nordeste, o cenário deve ser de estiagem e chuvas abaixo da média.
O Inpe também acompanha a previsão da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (Noaa), que aponta a possibilidade de formação de um episódio de La Niña nos próximos meses. Caso se confirme, o fenômeno deve ter curta duração e fraca intensidade.
O instituto orienta autoridades e a população a monitorar as previsões, especialmente em áreas de risco, para evitar alagamentos e deslizamentos. A primavera, que segue até 21 de dezembro, marca a transição da estação seca para a chuvosa no centro do país. Segundo o Inpe, além de florescer a vegetação, o período tem papel essencial para a agricultura e para a recuperação de rios e reservatórios.
A chegada da nova estação é marcada pelo equinócio, fenômeno astronômico que acontece duas vezes ao ano, no início da primavera e do outono. Nesse instante, o Sol fica sobre a linha do Equador e distribui luz igualmente entre os hemisférios, o que deixa dia e noite com praticamente a mesma duração. O termo “equinócio” vem do latim aequinoctium, união de equus (igual) e nox (noite).
No Hemisfério Sul, onde está o Brasil, os dias passam a ser mais longos até o solstício de verão, em dezembro. No Hemisfério Norte, o efeito é contrário: começa o outono e as noites ganham mais tempo de duração.
Além dos equinócios, o calendário astronômico inclui os solstícios, que marcam o início do verão e do inverno. O solstício de verão representa o dia mais longo do ano, enquanto o de inverno registra a noite mais extensa. Esses fenômenos resultam da inclinação de 23,5° da Terra em relação ao plano de órbita. Essa posição faz com que os raios solares incidam de forma desigual ao longo do ano e criem as quatro estações.