O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), rejeitou o apoio oferecido pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Federal (PF) para investigar o assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes.
A declaração foi feita nesta terça-feira (16), na saída do velório de Ruy na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O secretário informou que dois suspeitos já foram identificados e que será pedida a prisão temporária deles. O ex-delegado-geral foi morto a tiros na segunda-feira (15), após perseguição em Praia Grande, litoral paulista. Criminosos dispararam ao menos 21 vezes com fuzis.

“Todo o aparato do estado é 100% capaz de dar a pronta resposta necessária. Em poucas horas já identificamos o primeiro indivíduo ligado ao crime. O trabalho segue e não vai parar”, afirmou Derrite.
Ele citou a atuação direta do DHPP e do DEIC nas investigações. Apesar de recusar a participação direta da PF, o secretário disse que informações repassadas pelo governo federal podem ser aproveitadas.
“Se tiverem alguma informação e quiserem colaborar, será bem aceito. Mas a investigação será conduzida pela Polícia Civil de São Paulo”, ressaltou.
Mais cedo, em Brasília, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse ter telefonado ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para oferecer apoio técnico da União. Ele destacou que o governo federal dispõe de banco de dados em áreas como balística e DNA, além da Polícia Científica, que poderiam auxiliar nas apurações.
“O crime organizado ataca a soberania. Colocamos à disposição nossos recursos e informações, caso sejam necessários”, afirmou o ministro.