O psicólogo suspeito de matar o cantor Bruno Duarte apareceu em imagens seguindo a vítima antes do crime, o delegado Vinícius Teles confirmou a informação. O músico morreu com 47 facadas no Bosque dos Buritis, em Goiânia. O suspeito confessou o crime e alegou legítima defesa.
Nesta quinta-feira (7), a defesa informou que ainda aguarda o encerramento do inquérito para ter acesso às provas, em nota, a defesa afirmou que o psicólogo teria se encontrado com Bruno por acaso. Segundo essa versão, Bruno o agrediu verbalmente e ele se defendeu com um canivete contra uma faca.
A Polícia Civil divulgou imagens que mostram Bruno caminhando na calçada do bosque, por volta das 18h33. Ele vestia uma camisa branca, logo depois, o psicólogo aparece do lado de dentro do parque, indo na direção do cantor. A polícia acredita que o crime aconteceu nesse intervalo.

Seis minutos depois, o vídeo registrou o suspeito saindo do bosque, uma testemunha o seguiu. Segundo o delegado Teles, os vídeos e os relatos derrubam a versão de legítima defesa.
“Uma das testemunhas contou que ele correu atrás do Bruno e deu uma rasteira. Depois, aplicou os golpes. Mesmo com a vítima caída e sem reagir, ele continuou agredindo”, disse o delegado.
A polícia investiga se o psicólogo fingiu ser a ex-namorada para atrair Bruno ao local. A ex relatou que ele mandou prints das conversas com Bruno se passando por ela, o delegado aguarda o laudo dos IPs para confirmar a manipulação.
O suspeito foi indiciado por homicídio com três qualificadoras: motivo torpe, emboscada e meio cruel, devido à quantidade de golpes. Agentes da Guarda Civil Metropolitana encontraram o corpo de Bruno no dia 26 de julho. O corpo estava perto do Monumento da Paz, no Setor Oeste, com sinais de facadas.
O suspeito fugiu após o crime. A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) assumiu o caso, o corpo foi velado no dia seguinte. No dia 28 de julho, a Polícia Militar prendeu o psicólogo em Catalão. O pai dele o ajudava a se esconder, no momento da prisão, ele se identificou como professor universitário, sem informar a instituição.
A polícia o levou para a Central de Flagrantes de Catalão. Ele tem 32 anos e trabalha como técnico administrativo em uma instituição federal. Segundo a investigação, o crime teria ocorrido por ciúmes. Bruno mantinha um relacionamento recente com a ex do psicólogo, a separação entre eles aconteceu em dezembro de 2024.
Bruno e a mulher começaram a se relacionar em março deste ano. A polícia descreve o relacionamento como superficial, uma testemunha ouviu o suspeito dizer, durante o ataque: “Você nunca mais vai mexer com mulher de ninguém”.