A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (25) que o mês de agosto terá cobrança extra nas contas de luz, com o acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar 2, o nível mais alto do sistema. Os consumidores pagarão R$ 7,87 a mais a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A medida reflete o impacto da redução no volume de chuvas no país, que prejudicou o funcionamento das usinas hidrelétricas e aumentou os custos da geração de energia. Para manter o fornecimento, o sistema precisou acionar usinas termelétricas, que operam com custos mais elevados.
Desde maio, a Aneel já havia acionado bandeiras que indicam cenário desfavorável. Naquele mês, adotou a bandeira amarela, seguida do patamar 1 da bandeira vermelha em junho e julho. Agora, a situação hidrológica piorou e exige a adoção do patamar 2.
Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias?
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias serve para alertar o consumidor sobre o custo real da geração de energia no país. Ele funciona como um semáforo de preços, indicando mensalmente se o custo está mais alto ou mais baixo.
As bandeiras são divididas assim:
- Verde: condições favoráveis de geração – sem custo extra na conta de luz.
- Amarela: condições menos favoráveis – acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh.
- Vermelha – Patamar 1: condições desfavoráveis – acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh.
- Vermelha – Patamar 2: condições muito desfavoráveis – acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh.
Esses valores servem para cobrir os custos adicionais da geração térmica e para manter o equilíbrio financeiro do sistema elétrico.
A Aneel reforçou a necessidade de uso consciente da energia elétrica neste momento. A agência destacou que o consumo responsável ajuda a aliviar o sistema, reduz os impactos ambientais e evita novos aumentos nas tarifas nos próximos meses.