A morte da brasileira Juliana Marins durante uma trilha no vulcão Monte Rinjani, na Indonésia, continua a repercutir após novas declarações. Segundo o Manuel Marins, pai da jovem, em entrevista ao Fantástico, houve forte negligência por parte do guia e das autoridades.
Sequência dos fatos
Um dos principais detalhes dados pelo pai foi o motivo abandono do guia: Ele saiu para fumar e deixou Juliana sozinha enquanto ainda estava escuro.
Quando voltou, demorou cerca de 2 horas para entender que a jovem havia caído e, ao amanhecer, era possível ver a luz de seu capacete. Ele gravou um vídeo e enviou ao coordenador do parque, que, em vez de acionar a Defesa Civil da Indonésia, acionou uma equipe mais simples, de primeiros socorros.
No total improviso, jogaram uma corda, segurada exclusivamente pelas mãos de voluntários, para tentar puxar a turista, o que não deu certo. Nesse sentido, o guia, seguindo a mesma lógica da corda sem ponto fixo no ambiente, se amarrou em para descer e resgatá-la, mas não conseguiu.
Os outros turistas, que faziam parte do grupo que subia o monte, utilizaram um drone para entender exatamente como Juliana estava e para saber seu local exato.
A neblina e condições climáticas dificultaram o processo de resgate ficou marcado por essa série de erros estratégicos que contribuíram para a demora de 4 dias. Após 7 horas de trabalho na última tentativa, conseguiram içar em uma maca o corpo da Jovem
E o maior esforço veio de um alpinista voluntário, Abdul Haris Agam, que viajou de outra cidade. Ele chegou a dormir do lado do corpo da turista para que ela não descesse ainda mais devido ao deslizamento do solo da região. Ele esperava resgatá-la com vida e pediu desculpas à família por não conseguir fazer isto.
Não há divulgação ampla nas agências de viagem e no local sobre a dificuldade da trilha, algo que pega os turistas de surpresa. No Monte Rinjani, de 2020 a 2025, 8 pessoas morreram e ocorreram 180 acidentes.
Problemas no traslado
Mariana Marins, irmã de Juliana, reclamou no Instagram a respeito da companhia aérea responsável pelo traslado do corpo.