Uma pesquisa do Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) revela que 84% da população de Goiânia acredita que a Prefeitura tem papel relevante no enfrentamento às mudanças climáticas. A capital goiana lidera esse índice entre as dez capitais brasileiras analisadas, à frente de metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus. Apenas 8% dos entrevistados disseram não acreditar na contribuição do poder público municipal, e outros 8% afirmaram não saber.
O levantamento indica uma percepção coletiva de que ações locais são fundamentais para conter os efeitos da crise climática. Apesar dos desafios globais, a população reconhece que políticas públicas ambientais no âmbito municipal podem gerar impactos positivos no cotidiano urbano e ambiental.
Nos últimos anos, a Prefeitura de Goiânia adotou uma série de medidas voltadas à sustentabilidade. Entre elas está a criação do Gabinete de Crise Climática, que atua na prevenção de desastres naturais e no monitoramento de eventos extremos, como as chuvas intensas registradas no início de 2025. Além disso, está em andamento o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU), elaborado pela Universidade Federal de Goiás, que mapeia 14 bacias hidrográficas da capital com projeções para as próximas três décadas.
Outra iniciativa relevante foi a adesão da cidade ao programa Cidades Modelos Verdes Resilientes, que prevê apoio técnico e financeiro para projetos sustentáveis, com potencial de receber investimentos de bancos internacionais.
A criação do Fórum Goianiense de Mudanças Climáticas, formalizado por lei municipal, também marca o compromisso da capital em fortalecer políticas públicas voltadas à adaptação e mitigação dos efeitos do aquecimento global. Com apoio da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), o fórum busca integrar diferentes setores da sociedade na construção de soluções duradouras.