Empresa cancela formatura; alunos organizam festa em menos 24h

Sonho da formatura virou pesadelo em Goiânia, com cancelamento de última hora. A resposta: organizar a própria festa em tempo recorde

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Os alunos do Colégio Estadual Albert Sabin, em Goiânia, organizaram a própria festa de formatura depois de descobrirem, um dia antes da data marcada, que a empresa contratada havia cancelado o evento. Cada formando pagou cerca de R$ 1.500 pelo pacote, quitado em parcelas entre maio e novembro, segundo a mãe de uma das alunas.

O grupo soube do cancelamento na véspera da festa e precisou reorganizar tudo em poucas horas. Eles decidiram realizar o evento na casa de uma das estudantes e mobilizaram familiares e amigos para viabilizar a comemoração.

A RS Gestão de Eventos afirmou, em nota, que entregou dois dos três eventos previstos em contrato e que, inicialmente, não tratou a situação como cancelamento. A empresa informou que enviou às famílias uma proposta de remarcação ou reembolso porque o número de participantes não alcançou o mínimo contratual de 50 pessoas. Segundo a nota, a maioria optou pela devolução.

A técnica de enfermagem Elisângela Alves da Silva relatou que a filha, Isadora Nayara Ribeiro Alves, de 18 anos, sonhava com a formatura. A mãe contou que a jovem chorou durante toda a noite ao saber do cancelamento e se sentiu enganada.

“Ela passou o ano pagando, planejando penteado, maquiagem, vestido. Não fez festa de 15 anos e depositou tudo nessa formatura”, afirmou. Elisângela ainda disse que a filha não quer mais ver o vestido comprado para a ocasião.

Segundo a mãe, todos precisaram pagar entrada para aderir ao pacote. Ela relatou que a filha, junto com outras colegas, organizou uma rifa para arrecadar os R$ 300 iniciais necessários para parcelar o restante do valor. “Mobilizamos família e amigos para conseguir começar a formatura”, disse. A empresa ofereceu reembolso, mas Elisângela preferiu não solicitar.

A diretora do colégio, Sandra Maria de Oliveira, afirmou que a RS Gestão de Eventos forneceu serviços para outras instituições e cumpriu contratos anteriores. Ela disse que não participou da negociação entre as famílias e a empresa.

“O contrato é das famílias com a empresa. Não temos responsabilidade jurídica, mas temos responsabilidade moral porque a empresa foi até a escola”, afirmou.

Sandra relatou que a empresa havia confirmado dois eventos e manteve a promessa de remarcar o baile, mas depois informou o cancelamento definitivo, alegando “falatórios”. Segundo ela, o responsável cancelou outras festas, incluindo uma no próprio dia do evento, às 10h da manhã.

“Ele nos mandou mensagens sobre remarcação e depois cancelou de vez, dizendo que fornecedores não o atenderiam por causa da repercussão”, disse.

A formanda Anna Clara Kojima, que integrava a comissão organizadora, contou que pagou R$ 2.780 por comprar duas mesas. Ela descobriu o cancelamento junto com a diretora e ajudou a coordenar a organização emergencial da nova festa. O grupo montou o evento em 24 horas na casa dela, enquanto pais e estudantes se revezavam para levar comida, refrigerantes, mesas e cadeiras.

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