A exposição “O Olho de vidro sobre o sagrado vivo”, aberta nesta quarta-feira (5) no Palácio Maguito Vilela, em Goiânia, provocou controvérsia após o deputado Amauri Ribeiro (União Brasil) associar as obras à “adoração ao demônio”. A mostra celebra elementos do candomblé e da umbanda e reúne criações de dez artistas do Coletivo Onã, formado por jovens ligados ao Terreiro Morada do Cruzeiro.
Durante discurso no plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o deputado afirmou ter visto “tranca rua, pomba gira, exu, cabeça de vaca, vela e oferendas”. As declarações do parlamentar reacenderam o debate sobre liberdade religiosa e racismo estrutural, já que as religiões de matriz africana seguem entre as mais atacadas no país, segundo dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.
Com curadoria de Laís Rocha e apoio do deputado Mauro Rubem (PT), a mostra busca valorizar a estética e a espiritualidade afro-brasileira. A exposição fica aberta ao público até 18 de novembro, com entrada gratuita.
Até o momento, a Assembleia Legislativa de Goiás não se posicionou sobre as falas do deputado.










