O novo boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (25) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta crescimento nas hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em oito estados e no Distrito Federal. O aumento ocorre especialmente por influenza A e Covid-19 em Goiás e na capital federal.
De acordo com o levantamento, Amazonas, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Piauí também registraram elevação de casos de SRAG. Os pesquisadores consideram atípica a nova onda de influenza A em algumas dessas localidades.
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, explicou que o rinovírus impulsiona os casos no Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e Espírito Santo, principalmente entre crianças e adolescentes. Já o vírus sincicial respiratório (VSR) afeta crianças de até dois anos no Amazonas, embora com sinais de desaceleração. No Espírito Santo, o pneumovírus também pressiona os registros em crianças.
A Covid-19 cresce em Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal.
“No DF e em Goiás, a influenza A também contribui para o aumento dos casos em praticamente todas as faixas etárias a partir dos dois anos de idade. Nota-se ainda um leve crescimento de notificações por Covid-19 no Sul, Mato Grosso do Sul e Bahia, sem impacto em hospitalizações nesses estados”, afirmou Tatiana.
Em 2025, o país notificou 180.830 casos de SRAG. Desse total, 95.919 (53%) tiveram resultado positivo para vírus respiratórios, 64.182 (35,5%) deram negativo e 8.965 (5%) ainda aguardam análise. Entre os positivos, 23,6% correspondem a influenza A, 1,1% a influenza B, 43,1% ao VSR, 26,9% ao rinovírus e 7,6% ao Sars-CoV-2. Nas últimas quatro semanas, rinovírus liderou (44,5%), seguido por Covid-19 (17,7%), influenza A (13,6%), VSR (15,1%) e influenza B (1,8%).