O secretário de Administração de Praia Grande e ex-delegado-geral de Polícia de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi executado na noite desta segunda-feira (15), no litoral sul paulista. Ele foi atingido por disparos de fuzil em uma região próxima à prefeitura e ao fórum da cidade, por volta das 18h.
Fontes, de 65 anos, teve trajetória marcante na segurança pública do estado. Atuou no combate ao crime organizado e foi responsável, nos anos 2000, pela prisão de lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC), quando chefiava investigações contra roubos a bancos. Ele ocupou o cargo de delegado-geral até 2022 e, desde janeiro de 2023, integrava a gestão municipal de Praia Grande.


De acordo com imagens de câmeras de segurança, Fontes tentou fugir em alta velocidade, mas capotou o carro ao tentar acessar uma avenida. Pouco depois, outro veículo o alcançou e bateu em um ônibus. Três homens armados desceram, dois deles se aproximaram do carro e atiraram diversas vezes. Após a execução, fugiram pela mesma via.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo classificou o caso como um atentado e informou que o carro usado pelos criminosos já foi localizado. O Ministério Público anunciou que o GAECO vai apoiar as investigações conduzidas pela Polícia Civil.
Na ação, outras duas pessoas ficaram feridas e foram socorridas pelo Samu. Elas receberam atendimento na UPA Quietude e foram transferidas para o Hospital Municipal Irmã Dulce, sem risco de morte.
Apesar de a Secretaria de Segurança não confirmar oficialmente, equipes da ROTA foram vistas circulando na região. A tropa de elite tem atuado em operações de impacto desde 2023, frequentemente associadas a confrontos de alta letalidade.
Com mais de quatro décadas de carreira, Fontes passou por diversas divisões especializadas, como DHPP, Denarc e Deic, além de comandar o Decap. Sua morte gera forte repercussão entre autoridades e no meio policial.
*Com Agência Brasil