A evolução da aviação comercial trouxe transformações bem significativas na configuração das aeronaves. Se antes era comum ver aviões com três ou quatro motores nos aeroportos, hoje a maior parte da frota mundial é composta por bimotores. Essa mudança está diretamente relacionada a avanços tecnológicos e a certificações internacionais que garantem a segurança mesmo com menos propulsores.
ETOPS
O principal fator por trás dessa transição é a regulamentação conhecida como ETOPS (Extended-range Twin-engine Operations Performance Standards), criada por autoridades de aviação para medir a confiabilidade de motores de aviões. Na prática, o ETOPS determina quantas horas uma aeronave com dois motores pode voar distante de um aeroporto alternativo em caso de emergência.
No passado, como os motores apresentavam maior índice de falhas, a aviação comercial recorria a modelos com três ou quatro motores, garantindo que, mesmo com uma falha, o avião conseguisse chegar em segurança a um aeroporto. Com o passar dos anos, os propulsores passaram a ser fabricados com tecnologias mais confiáveis e eficientes, permitindo a ampliação dos limites estabelecidos pelas certificações ETOPS.
Meio Ambiente
Assim, tornou-se possível operar voos de longa distância com aeronaves equipadas com apenas dois motores. O resultado é uma operação mais econômica e sustentável: menos motores significam menor consumo de combustível, redução na emissão de poluentes e menor custo de manutenção.
Embora ainda existam aviões quadrimotores em operação, como o Airbus A380 e o Boeing 747, eles são minoria e tendem a desaparecer gradualmente diante da preferência de companhias aéreas por modelos mais eficientes, como o Boeing 787 e o Airbus A350.
A mudança não compromete a segurança. Pelo contrário, ela representa um avanço técnico e regulatório que alia confiabilidade, economia e sustentabilidade para a aviação do século 21.
TAM Linhas Aéreas
Alguns desses modelos chegaram a operar na antiga TAM, incluindo um trimotor e um quadrimotor.
MD-11

A TAM operou esse modelo como uma solução temporária até que as encomendas do Boeing 777-330ER fossem entregues. Ao total, foram emprestados 3 McDonnell Douglas MD-11.
A340-500

A história do A340-500 não é muito diferente do MD-11, a TAM estava precisando de aviões até que seus 777 fossem entregues, então arrendou 2 desse modelo.