Goiás enfrenta mais uma semana de calor extremo e tempo seco, segundo o boletim divulgado pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). As previsões indicam temperaturas que podem chegar a 38ºC na região oeste, enquanto a umidade relativa do ar deve permanecer abaixo dos 20%, cenário que eleva os riscos ambientais e de saúde.
De acordo com o Cimehgo, uma massa de ar quente e seco instalada sobre o Brasil central mantém o predomínio de sol em todo o território goiano. A condição não apenas intensifica o calor, como também agrava problemas ambientais, já que o risco de incêndios urbanos e florestais é considerado crítico em diversas áreas. Além disso, os efeitos da baixa umidade aumentam a probabilidade de desidratação, alergias, irritações nos olhos e complicações respiratórias.
As temperaturas mais elevadas devem ser registradas no norte e no oeste do estado, com máximas previstas de 37ºC em cidades como Aruanã, Araguapaz e Porangatu, chegando a 38ºC em pontos do oeste goiano. Já em Montes Claros de Goiás, a máxima esperada é de 36ºC, enquanto Goiânia deve registrar até 33ºC. Apesar das tardes quentes, as madrugadas ainda apresentam valores abaixo de 20ºC, provocando grande amplitude térmica.
O gerente do Cimehgo, André Amorim, alerta para a preocupação com a estiagem prolongada, que já ultrapassa 100 dias em regiões como Sul, Sudeste e Leste do estado. A seca impacta diretamente os recursos hídricos, com rios importantes abaixo da normalidade. Entre os casos mais graves estão o Rio Araguaia, que atingiu mínima histórica em Nova Crixás, e o Rio Meia Ponte, em Goiânia e Itumbiara, que segue em queda acentuada.
Diante desse cenário, o órgão reforça a necessidade do uso racional da água para garantir o abastecimento humano e agrícola. No campo, a estiagem, somada ao calor intenso e à baixa umidade, aumenta os riscos de perdas em lavouras. Amorim orienta a população a redobrar os cuidados, manter a hidratação, evitar atividades físicas em horários de maior calor e proteger crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios. O ar seco, em nível de alerta, também torna as áreas urbanas mais vulneráveis a queimadas acidentais ou criminosas.
*Com Agência Cora