A atriz Carol Castro voltou a se posicionar contra a escolha da influenciadora Virgínia Fonseca como rainha de bateria da escola de samba Grande Rio para o carnaval de 2026. Ex-rainha de bateria do Salgueiro, Carol classificou a decisão como uma “hipocrisia”, considerando o tema do samba-enredo, que abordará o movimento Manguebeat e a luta contra desigualdades sociais.
Em entrevista à revista IstoÉ, a atriz destacou que a coroação ocorre pouco tempo após Virgínia ter participado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, que investiga os impactos de jogos de apostas online no orçamento das famílias brasileiras. “Na mesma semana em que a pessoa estava numa CPI, falando de jogos onde se lucra com a perda do outro, e três dias depois vai ser rainha da bateria de um samba-enredo que fala de desigualdade… é uma hipocrisia muito louca”, afirmou Carol Castro.
A atriz também ressaltou que seu comentário não tem relação com desejo de retomar o posto. “Não tenho nem joelho para isso agora. Adoro carnaval, sambar e etc., mas saí da época pensando que deveria ser alguém da comunidade”, disse. Carol já havia manifestado críticas quando o anúncio de Virgínia como substituta de Paolla Oliveira foi feito nas redes sociais, questionando a coerência entre o enredo e a escolha da influenciadora.
A coroação de Virgínia Fonseca ocorreu oficialmente no sábado, 20 de setembro, com a entrega da faixa e da coroa feita pela atriz que a antecedeu no posto. A decisão gerou repercussão nas redes sociais e na imprensa, motivando debates sobre representatividade e a relação entre figuras públicas e temas sociais em eventos culturais.
A Grande Rio, escola de Duque de Caxias, tem tradição em destacar movimentos culturais e sociais em seus desfiles, e a escolha de Virgínia Fonseca como rainha de bateria coloca em evidência a discussão sobre imagem pública, responsabilidade social e o papel de influenciadores em eventos de grande visibilidade.