Nesta segunda, 9, o governador goiano Ronaldo Caiado foi entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura. Uma vitrine nacional, estratégica para exposição de ideias, pensamento, alternativas para o Brasil.
Posicionou-se como anti-Lula, deixou claro que há muito tempo para firmar sua candidatura apesar das dificuldades de apoio dentro de seu próprio partido, que topa e quer debate sobre temas sensíveis como a segurança.
Em busca de exposição e espaço, Caiado não perde palanque. Seja um bate-papo descontraído no Mato Grosso, com empresários, seja em evento religioso como o Totus Tuus, que recentemente lotou o Serra Dourada, em Goiânia.
O governador cumpre a agenda de pré-candidato com a diligência de quem tem apenas este caminho e com o prazer de quem está fazendo o que gosta e lutando pelo que mira como objetivo pragmático para sua vida política.
As pesquisas recentes, independente de números – porque o retrato é ainda de um jogo em andamento lento -, indicam o essencial, para ele: está dentro, e há campo para se estabelecer. Fácil? Nunca é, eis o pressuposto básico para todos.
Não incomoda Caiado nem mesmo o fato de que sua maior disputa é, em resumo, “entre os seus”. Quer dizer: no União Brasil e no campo da direita. Um ponto curioso do debate na TV Cultura está justamente quando uma repórter observa que há vários nomes na direita, e ele de certa forma comemora.
O raciocínio é simples: no primeiro turno, nada mais natural que a direita se divida e tenha vários nomes. No seu entendimento há, ao que parece, a conta de que isso é bom, pois aumenta sua chance. E no segundo turno – seria o complemento do raciocínio -, o outro lado é esquerda.
Sendo esquerda, e melhor ainda tendo Lula-PT na contraposição, Caiado não tem dúvida: ele leva a melhor. O jogo que está na sua cabeça é de xadrez. Os movimentos calculados produzirão resultado, ele não tem dúvida – como não titubeia a cada jogada. Aqui e ali, ajusta o prumo e vai.
O que faz mais sentido à visão geral de que tem muito tempo para se firmar e se viabilizar, e que agora o que importa é exposição e conhecimento das pessoas ao seu nome e à sua candidatura. Essa a parte que está fazendo.
Este é o jogo que Caiado está jogando neste momento. Exatamente como disse que faria ao lançar-se pré-candidato a presidente. O momento não é de vencer a eleição. É de vencer etapas e subir nas pesquisas. Uma vitória de cada vez. O tempo, para Caiado, é companheiro.