O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que é cedo para avaliar o impacto das tarifas do governo de Donald Trump, na segunda-feira (4). Marinho ressaltou que o governo brasileiro está pronto para negociar. Ele acredita que os Estados Unidos podem rever algumas das medidas.
“O mundo não vai acabar. Ele continuará lindo, firme e forte” disse Marinho.
“O presidente Lula e o governo brasileiro sempre dizem que estamos à disposição. Podemos negociar com os americanos e qualquer outro país.” Marinho disse em uma coletiva de imprensa sobre os dados do Caged.
O ministro não adiantou as medidas do plano de contingência. O governo está elaborando o plano para ajudar os setores afetados, ele apenas disse que o Ministério do Trabalho e Emprego está finalizando estudos sobre o pacote.
Qualquer decisão sobre o plano sairá na quarta-feira (6), neste dia, as novas tarifas americanas entram em vigor. Marinho afirmou que a negociação pode mudar os planos de última hora.
“Acho que Trump não tem muita convicção porque ele voltou atrás em vários produtos,” declarou.
“A relação é um pouco esquizofrênica. Precisamos esperar a consolidação para decidir. Precisamos de uma base real e concreta para tomar decisões.”
O ministro reforçou que o presidente Lula quer conversar com Trump, Marinho destacou que as conversas devem se basear em informações corretas. A balança comercial mostra superávit para os Estados Unidos, eles exportam mais para o Brasil do que importam.
“Está clarinho que não existe déficit para os Estados Unidos. O déficit é do Brasil,” disse.
“Nós é que teríamos que reclamar. Mas vamos sentar e discutir, preparados.”
Ele concluiu: “Os Estados Unidos são um parceiro importante do Brasil há dois séculos. Não é possível misturar as coisas. Ninguém pode ter dúvidas sobre as circunstâncias de cada país.”