Seja no entretenimento, na literatura, ou nas séries de TV – e, claro, também nos videogames -, a cultura viking sempre desperta um fascínio.
Com sua mitologia rica, batalhas épicas e estética marcante, o universo dos povos nórdicos inspira títulos que vão além da simples aventura, explorando profundidade psicológica, dilemas éticos e reconstruções históricas.
Confira 5 títulos que abordam essa cultura e que, muito provavelmente, você vai amar.
Assassin’s Creed Valhalla
Apesar de fazer parte de uma franquia que já acumula diversas aventuras ao longo do tempo, Assassin’s Creed Valhalla, que foi lançado durante o período da pandemia, consegue se destacar ao adaptar o universo viking com profundidade e atenção a detalhes históricos.
No papel de Eivor, o jogador pode escolher entre o gênero masculino ou feminino e ainda alterar essa escolha ao longo da jornada, o que confere mais liberdade narrativa.
Com cenários enormes e de tirar o fôlego de tão lindos, o jogo recria a expansão dos nórdicos no território inglês, incluindo embates entre clãs e decisões que afetam diretamente o destino dos personagens. A jogabilidade mantém a fórmula da franquia, o que pode gerar certa sensação de repetição, mas não compromete o valor da obra.
Valhalla é uma joia que infelizmente acaba meio esquecida por não ter uma aventura muito diferente dos títulos anteriores. Por mais que a história traga uma inovação com relação a uma decisão particular do personagem principal e a possibilidade de alterar o gênero da personagem a qualquer momento, o jogo é ótimo, embora as DLCs que trazem a Irlanda e Paris sejam um pouco monótonas.
Hellblade Senua’s Sacrifice
Uma verdadeira experiência sensorial e de crença, o primeiro jogo da franquia Hellblade é uma preciosidade.
Longe da proposta tradicional de um jogo de ação, Hellblade: Senua’s Sacrifice é uma jornada “introspectiva”. O título acompanha a guerreira Senua em uma jornada pessoal marcada pela dor, trauma e psicose, em um mundo permeado por mitologia nórdica.
O diferencial tá na maneira como o jogo trata os transtornos mentais, com consultoria de profissionais da área, o que gerou uma narrativa densa e imersiva. As vozes sussurradas que acompanham a Senua, junto ao design de som preciso, fazem com que o jogador se sinta dentro da mente da personagem. A mitologia viking aqui não é apenas pano de fundo, mas parte ativa da narrativa simbólica.
Informação curiosa, mas talvez não muito pertinente para te convencer a explorar o game: joguei pela primeira vez no celular e pelo XCloud (sim, o Gamepass na nuvem quando o a plataforma ainda estava em fase de testes e tinha esse nome).
Viking: Battle for Asgard
Pouco lembrado entre os grandes jogos, Viking: Battle for Asgard é mais uma joia esquecida que merece mais atenção. Lançado lá em 2008, o jogo mistura combate corpo a corpo com batalhas em larga escala, em um cenário que remete diretamente aos campos da mitologia nórdica.
A narrativa acompanha o herói Skarin na tentativa de impedir o Ragnarok, enfrentando deuses, monstros e exércitos inteiros. Embora a gameplay não seja tão refinada quanto games mais modernos, o jogo impressiona pelo esforço em reconstruir o universo viking em escala épica
God of War (2018)
É chover no molhado dizer que God of War é excelente, mas se eu deixasse de mencionar seria como um insulto.
A reinvenção de God of War marcou uma nova fase para a franquia e trouxe o Kratos para o coração da mitologia nórdica. Com seu filho Atreus ao lado, o protagonista enfrenta deuses, criaturas e dilemas familiares em uma jornada com forte carga emocional.
O jogo equilibra combate intenso com momentos de introspecção, explorando temas como paternidade, legado e redenção.
God of War Ragnarok (2024)
Sequência direta do jogo de 2018, God of War: Ragnarok amplia o universo nórdico e aprofunda a relação entre Kratos e Atreus.
Se os gráficos do antecessor já eram insanos, o Ragnarok refinou ainda mais, além de trazer novas mecânicas de combate e uma história cheia de reviravoltas.
O jogo consolida a nova era da franquia como um dos melhores retratos da mitologia viking nos games. Ragnarok vai num mesmo caminho de apostar em reflexões maduras e um desfecho que honra toda a trajetória construída ao longo dos dois títulos. Uma experiência obrigatória para fãs da mitologia e da boa narrativa.