Na manhã desta terça-feira (29), professores e técnicos da rede municipal de educação de Aparecida de Goiânia entraram em greve. A categoria rejeitou a proposta da prefeitura e exige o pagamento do piso salarial nacional dos professores, um direito garantido por lei.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, até o final da manhã, 13 das 93 escolas do município estavam totalmente paralisadas, 43 tinham paralisação parcial e 37 funcionavam normalmente. A prefeitura propôs o pagamento do novo piso a partir de maio e estuda como quitar os valores retroativos de janeiro a abril.
Bia de Lima, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego), explicou: “A verdade é que nós da educação não queremos greve. O que nós também não queremos é ficar com prejuízo pela demora do pagamento daquilo que é um direito, é lei federal e que a prefeitura sabe, não é nada de novo, é uma lei desde 2008. Portanto, não tem nada de novo”
As negociações ocorreram na última quarta (25) e ontem (28), sem acordo. Os professores sugeriram que o PIS e a data-base fossem pagos em maio, e um terço das férias (para quem folgará em julho) fosse quitado em junho.
“É isso que a lei manda. Então, sabendo disso, nós entendemos e propusemos que a diferença do piso relativo a janeiro fosse paga em julho, a de fevereiro em agosto, a diferença de março fosse paga em setembro e a de abril fosse paga em outubro”, disse Bia.
Nota da Secretaria Municipal de Educação de Aparecida
A atual gestão da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, que assumiu o município em janeiro de 2025, herdou dívidas superiores a R$ 500 milhões. Mesmo diante das dificuldades financeiras, a administração já quitou R$ 58 milhões em débitos da folha de pagamento referente a dezembro de 2024, deixados pela gestão anterior. Além disso, a atual gestão mantém o salário dos servidores rigorosamente em dia, efetuando o pagamento dentro do mês trabalhado.
Diante dessa realidade financeira, a Prefeitura, por meio das secretarias de Educação, Administração, Fazenda e Procuradoria Geral do Município, mantém diálogo constante com a categoria para, com responsabilidade e transparência, tratar da questão do Piso Nacional dos Professores.
Como parte do esforço de valorização dos servidores da educação, a administração municipal apresentou, na última sexta-feira, 25 de abril, uma proposta à categoria: pagar o novo valor do piso nacional a partir de maio e estudar uma forma de viabilizar o pagamento do retroativo referente aos primeiros quatro meses do ano.
Nesta segunda-feira, 28 de abril, foi realizada nova reunião entre a Prefeitura e o Sintego. A proposta apresentada pela gestão municipal não foi aceita pela categoria. Mesmo assim, a administração municipal reafirma seu compromisso com o diálogo e transparência, buscando soluções que respeitem os limites orçamentários do município e garantam os direitos dos servidores da educação.