O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que os avanços fiscais conquistados pelo Estado ao longo dos últimos sete anos podem ser rapidamente perdidos caso a administração estadual não mantenha o atual modelo de gestão. A declaração foi feita na quarta-feira (10/12), durante discurso em que celebrou a saída de Goiás do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e a adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados e do Distrito Federal (Propag).
Segundo Caiado, a recuperação financeira do Estado exigiu um processo longo e rigoroso, após um período marcado por endividamento elevado, atrasos salariais e paralisação de obras públicas. Ele destacou que, ao assumir o governo, encontrou um cenário de dificuldades estruturais, que exigiu medidas de controle fiscal para garantir a retomada da capacidade de investimento.
A adesão ao RRF foi apontada pelo governador como decisiva para reorganizar as contas públicas e restabelecer investimentos em áreas como saúde, educação, segurança pública, infraestrutura e políticas sociais. Já com a entrada no Propag, o Estado passa a ter um novo modelo de correção da dívida com a União, substituindo a taxa Selic pelo IPCA com juro real zero. A mudança, segundo estimativas do governo estadual, pode gerar um alívio fiscal de cerca de R$ 26 bilhões ao longo de 30 anos.
Caiado afirmou que o atual cenário garante maior previsibilidade às finanças públicas e reduz a volatilidade do endividamento, criando condições para planejamento de longo prazo. Apesar disso, alertou que uma eventual mudança de orientação administrativa pode comprometer os resultados alcançados, defendendo a continuidade das políticas adotadas nos últimos anos.
Durante o discurso, o governador também mencionou o vice-governador Daniel Vilela (MDB), a quem atribuiu conhecimento direto da gestão e das decisões tomadas ao longo do mandato. Caiado avaliou que a manutenção do equilíbrio fiscal depende de escolhas administrativas alinhadas ao modelo implantado desde 2019.








