Nesta semana, mais especificamente na quinta-feira (11), o chamado “Oscar dos Games” acontece. O The Game Awards (TGA) é a cerimônia de premiação mais prestigiada do setor. Produzido e apresentado pelo jornalista Geoff Keighley, o evento anual busca reconhecer a excelência artística e técnica dos jogos lançados no último ano, terminando com a cobiçada estatueta de “Jogo do Ano” (Game of the Year). O TGA, porém, ultrapassou os limites de uma simples entrega de prêmios para se tornar uma vitrine global de marketing.
Um tanto diferente de premiações tradicionais de cinema ou música, o The Game Awards acaba sendo estratégico para o calendário da indústria por ser palco de “World Premieres”. Sabe os artistas que às vezes lançam clipes inéditos durante premiações como Video Music Awards (VMA)? É um pouco da mesma dinâmica.
Grandes nomes como a Sony, Microsoft, Nintendo e Ubisoft aproveitam a audiência de milhões de espectadores para revelar trailers inéditos, anunciar novidades recentes para os seus universos e fornecer atualizações sobre projetos aguardados. No fim, é um evento híbrido que comemora o passado recente (os vencedores) enquanto vende o futuro (os lançamentos).
O retorno dos piratas

Para a edição deste ano, a atmosfera continua sendo a de alta especulação. A comunidade aguarda “nervosa” novidades sobre datas de lançamento de títulos que foram anunciados há anos e que permanecem em silêncio.
Entre os rumores mais fortes que circulam nos bastidores e fóruns, está a possibilidade de um anúncio oficial do Remake de Assassin’s Creed IV: Black Flag. O título da Ubisoft, originalmente lançado em 2013 e super bem recebido pela temática naval e de pirataria, é um dos favoritos dos fãs.
Fontes da indústria indicam que o projeto (supostamente em desenvolvimento sob o codinome “Obsidian”) pode ganhar seu primeiro trailer, prometendo trazer a exploração do Caribe para a atual geração de consoles com gráficos renovados e mecânicas modernizadas.
Aliás, nesta terça (9), houve um vazamento. Ele recebeu a classificação indicativa no PEGI, o órgão europeu responsável por avaliar os títulos que serão comercializados no continente. O subtítulo também chamou a atenção: Resynced.
Assassin's Creed Black Flag Resynced is now showing on the PEGI website. Truly the worst kept secret in gaming right now. ANNOUNCEMENT IMMINENT!
— The Hidden One (@TheHiddenOneAC) December 9, 2025
Credit to @CorkbenYT for finding this pic.twitter.com/aaAb6dBqeS
O fim de uma Era em Resident Evil?

Talvez a maior expectativa da noite seja sobre a Capcom e o iminente confirmação de Leon em “Resident Evil Requiem” e de uma demo após o anúncio. O jogo chega ao evento cercado de vazamentos, incluindo uma suposta arte de capa que apareceu brevemente na PlayStation Store nesta semana.
A imagem sugere o retorno de um Leon S. Kennedy visivelmente mais velho e grisalho, possivelmente em um papel de mentor para a nova protagonista, a agente Grace Ashcroft. Os fãs da franquia aguarda a confirmação de que este será o capítulo final para o arco de Leon, com data de lançamento para 27 de fevereiro de 2026. Se confirmado, o trailer deve ser outro ponto alto da cerimônia, oficializando o tom de despedida sugerido pelo subtítulo “Requiem”.
Os Favoritos ao GOTY 2025

- Death Stranding 2: On The Beach (Kojima Productions): Lançado no meio do ano, o jogo de Hideo Kojima expandiu o conceito de “Strand Game” com visuais fotorrealistas e uma narrativa cinematográfica ainda mais ambiciosa. É o favorito técnico, especialmente nas categorias de Direção e Atuação (destaque para Elle Fanning e Norman Reedus).
- Ghost of Yōtei (Sucker Punch): A sequência espiritual de Ghost of Tsushima chegou em outubro e arrebatou a crítica. Ao trocar Jin Sakai pela nova protagonista Atsu e mover a ação para Hokkaido, o jogo refinou o combate e entregou a direção de arte mais impressionante do ano. É o principal concorrente da Sony (e a minha torcida vai para ele).
- Monster Hunter Wilds (Capcom): O grande sucesso do primeiro trimestre. A Capcom conseguiu evoluir a fórmula de World com um mundo aberto dinâmico e mecânicas de clima que alteram o gameplay em tempo real. É forte candidato em Melhor RPG e Multiplayer, mas tem tração suficiente para o prêmio principal.
- Hades II (Supergiant Games): Após sair do acesso antecipado, a sequência do vencedor de 2020 provou que “um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar”. Com a protagonista Melinoë, o jogo expandiu a mitologia e o combate, sendo o representante “indie” (embora com escopo de AAA) capaz de desbancar os gigantes.
- Kingdom Come: Deliverance II (Warhorse Studios): O RPG medieval “hardcore” corrigiu as falhas técnicas do primeiro jogo e entregou uma imersão histórica sem precedentes. É o favorito dos puristas de RPG.
O “elefante na sala”: GTA VI
É importante falar sobre uma ausência impossível de não mencionar: Grand Theft Auto VI. O jogo da Rockstar, originalmente previsto para este ano, teve seu adiamento confirmado para o final de 2026. Isso deixou o caminho livre para que Death Stranding 2 e Ghost of Yōtei fiquem numa disputa bem polarizada, sem a sombra gigante do título da Rockstar.
Como acompanhar o The Game Awards 2025
Para quem não quer perder nenhum anúncio ou a entrega das estatuetas, o evento terá transmissão global gratuita.
- Data: 11 de dezembro (quinta-feira).
- Horário (Brasília): A transmissão começa às 21h30 com o “Pré-Show” (onde geralmente ocorrem anúncios menores e prêmios técnicos). A cerimônia principal tem início previsto para as 22h00.
- Onde assistir: O evento será transmitido ao vivo nos canais oficiais do The Game Awards no YouTube (em 4K) e na Twitch.
- Duração estimada: Historicamente, o evento tem duração média de 3h a 3h30, devendo se encerrar na madrugada de sexta-feira (por volta de 1h30 da manhã).








