As forças de segurança de Goiás prenderam 32 pessoas suspeitas de participar de um foguetório ocorrido na noite de terça-feira (4), em diversas cidades do Estado. A ação foi uma suposta “homenagem” a membros do Comando Vermelho (CV) mortos durante uma operação policial no Rio de Janeiro, no fim de outubro. As prisões foram confirmadas nesta quarta-feira (5) pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO).
De acordo com o secretário Renato Brum, as polícias Civil e Militar atuaram de forma integrada após o monitoramento de vídeos e mensagens nas redes sociais que indicavam a realização do ato. “As prisões começaram ainda na madrugada, logo após os primeiros fogos serem identificados”, disse.
Entre os detidos, a maioria seria formada por simpatizantes do CV e integrantes de torcidas organizadas que, segundo a SSP, aproveitaram o episódio para “chamar atenção” nas redes. As detenções ocorreram em Goiânia (14), Aparecida de Goiânia (9), Abadia de Goiás (6) e Rio Verde (3).
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcelo Granja, afirmou que o patrulhamento segue reforçado em todo o Estado. “Nosso serviço de inteligência continua em campo e não vamos permitir que grupos tentem impor medo à população”, afirmou.
O delegado-geral da Polícia Civil, André Ganga, explicou que soltar fogos de artifício não é crime, mas o contexto do ato e as mensagens de exaltação ao crime levaram a enquadramentos por apologia. Outros suspeitos responderão por posse ilegal de arma e porte de drogas.
Durante a operação, também foram realizadas fiscalizações em empresas que comercializam fogos de artifício em Goiânia, Trindade, Senador Canedo e Anápolis. Cerca de 4 mil artefatos foram apreendidos por irregularidades no armazenamento e venda.
As investigações seguem para identificar os responsáveis pela organização do foguetório e eventuais conexões com integrantes da facção em Goiás.










