A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Limpa Gyn, da Câmara Municipal de Goiânia, voltou a cobrar o uso de balanças para aferir o volume de resíduos coletados na capital. A medida foi reforçada após o diretor de Serviços de Infraestrutura Urbana da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), Cleverson Emerick Neto, confirmar falhas na fiscalização do contrato firmado entre a Prefeitura e o Consórcio Limpa Gyn.
Durante depoimento na terça-feira (21), Cleverson admitiu que a pesagem dos recicláveis não é feita conforme previsto em contrato. O controle é realizado por “cubicagem” — método que estima o volume do lixo —, já que apenas uma das 12 cooperativas cadastradas pela Prefeitura possui balança. A Seinfra avalia agora instalar equipamentos em quatro ou cinco pontos de apoio espalhados pela cidade.
O gestor reconheceu que o modelo atual de medição é falho, mas alegou falta de estrutura. Segundo ele, apenas três fiscais e um gestor monitoram a execução do contrato. “A cubicagem tem embasamento técnico, mas o contrato exige pesagem. Devemos apresentar uma solução em até 45 dias”, afirmou.
A vice-presidente da CEI, vereadora Aava Santiago (PSDB), questionou a mudança no método de medição sem parecer técnico e cobrou transparência. “O cidadão precisa ter certeza de que está pagando por um serviço devidamente comprovado”, disse.
Para o presidente da comissão, vereador Welton Lemos (Solidariedade), as falhas na fiscalização podem gerar prejuízos ao erário. A CEI aprovou requerimentos para que a Seinfra e a Comurg regularizem o contrato e adotem imediatamente a pesagem por balança. Uma nova reunião extraordinária está marcada para o dia 31 de outubro, às 14h.
*Com informações da Agência Câmara