A sociedade de Aparecida de Goiânia obteve uma resposta da Justiça na tarde de terça-feira (7) sobre um dos casos de maior repercussão na região. Janildo da Silva Magalhães foi condenado a uma pena de 48 anos e 6 meses de reclusão pelo estupro e assassinato da estudante Amélia Vitória Oliveira de Jesus, de apenas 14 anos.
A decisão, proferida pelo Tribunal do Júri, determina que a pena seja cumprida inicialmente em regime fechado, e o réu não terá o direito de recorrer da sentença em liberdade.
O crime, que chocou Goiás em novembro de 2023, foi detalhadamente analisado pelo júri, que acatou integralmente as qualificadoras apresentadas pela acusação. Janildo foi considerado culpado por quatro crimes: homicídio qualificado, estupro qualificado, sequestro qualificado e ocultação de cadáver.
Os jurados entenderam que a ação foi executada com extrema crueldade e mediante recursos que impossibilitaram qualquer chance de defesa para a vítima. A sentença destacou ainda o sofrimento adicional imposto à família pela ocultação do corpo, que só foi localizado dias após o desaparecimento.

Amélia Vitória, moradora de Aparecida de Goiânia, era uma estudante descrita por familiares e amigos como alegre, dedicada e muito ligada à mãe e aos irmãos; no dia do crime, saiu de casa para buscar a irmã mais nova na escola e não retornou, sendo encontrada dias depois sem vida em um imóvel abandonado.
A investigação da Polícia Civil foi fundamental para a elucidação do crime. Provas técnicas, como o material genético coletado no corpo da adolescente, foram confrontadas com o Banco Nacional de Perfis Genéticos, levando diretamente a Janildo, que já possuía registro por um crime de estupro anterior.
Imagens de câmeras de segurança também registraram o momento em que ele conduzia a vítima em sua bicicleta.

Segundo o inquérito, após o crime, Janildo tentou ocultar evidências pintando a bicicleta e descartando as roupas que usava. Seu comportamento alterado, notado pela própria família ao assistir às reportagens sobre o desaparecimento de Amélia, levantou suspeitas que foram cruciais para a investigação.
A reconstituição dos fatos apontou que ele raptou a estudante, a violentou em dois locais distintos e, por fim, a asfixiou até a morte, escondendo o corpo em um imóvel abandonado que utilizava como esconderijo.