Tudo o que você precisa saber sobre o BRICS

Conheça a origem, objetivos, expansão e os principais desafios do BRICS, o bloco das potências emergentes que cresce no cenário global.

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Foto: Ricardo Stuckert / PR

O BRICS, grupo que reúne algumas das principais economias emergentes, tem ganhado cada vez mais destaque no cenário global, tanto na política quanto na economia. Mas afinal, o que é o BRICS, como ele surgiu e qual sua importância real? Confira a seguir os pontos principais sobre esse bloco que vem ganhando força.

Origem do BRICS

O termo “BRIC” foi criado em 2001 pelo economista Jim O’Neill, do banco Goldman Sachs, para designar quatro países que, segundo suas projeções, dominariam a economia mundial até 2050: Brasil, Rússia, Índia e China. Inicialmente, era apenas um conceito econômico usado nos mercados financeiros, mas com o tempo evoluiu para uma aliança política e econômica formal.

A primeira reunião oficial entre os chanceleres dos quatro países aconteceu em 2006. Em 2009, foi realizada a primeira cúpula com os chefes de Estado. Em 2010, a África do Sul entrou para o grupo, que passou a se chamar BRICS a partir de 2011, incluindo a letra “S” e ganhando mais representatividade geográfica.

Objetivos do BRICS

O principal objetivo do BRICS é fortalecer a cooperação entre seus membros para promover o desenvolvimento mútuo e ampliar sua influência no cenário global. O grupo atua em diversas áreas, como economia, finanças, ciência, tecnologia e saúde, buscando enfrentar desafios comuns e aproveitar oportunidades conjuntas.

Duas das iniciativas mais importantes do bloco são o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e o Arranjo Contingente de Reservas (ACR). Criado em 2014, o NDB financia projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países membros e em outras economias emergentes, com sede em Xangai, China. Já o ACR é um fundo de cerca de US$ 100 bilhões que oferece suporte financeiro aos membros em situações de crise cambial, funcionando como uma alternativa ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Por meio dessas ações e outras parcerias, o BRICS busca ser uma força capaz de influenciar decisões globais, promover o crescimento econômico dos países emergentes e ampliar sua presença no debate internacional.

Quem faz parte?

Além dos membros originais — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — o grupo passou por uma expansão em 2024. Desde 1º de janeiro, Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos também fazem parte do bloco, ampliando sua diversidade e peso geopolítico. A Argentina, foi convidada, mas recusou o convite.

Desafios

Apesar da crescente importância do BRICS, o bloco enfrenta desafios internos que podem comprometer sua unidade. As diferenças nos sistemas políticos e interesses estratégicos dos países membros geram divergências que dificultam decisões conjuntas. Além disso, a disparidade econômica entre eles, com a China dominando amplamente, cria um desequilíbrio de poder dentro do grupo.

As tensões geopolíticas também representam um obstáculo significativo. Conflitos como a guerra na Ucrânia, envolvendo a Rússia, e as disputas territoriais entre China e Índia criam pontos de atrito que desafiam a coesão do bloco. Essas divergências podem limitar a capacidade do BRICS de agir de forma coordenada em questões internacionais.

Além disso, o bloco enfrenta críticas de potências ocidentais, que o veem como uma tentativa de formar uma ordem mundial alternativa, rivalizando com instituições tradicionais como o G7. Essa percepção reforça o desafio do BRICS em consolidar sua influência global diante de um cenário geopolítico complexo e competitivo.

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