A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) finalizou a etapa preliminar da investigação sobre possíveis irregularidades em acordos extrajudiciais firmados por servidores em gestões anteriores. Ao todo, 34 empregados efetivos foram afastados em fevereiro deste ano após indícios de que teriam celebrado acordos com valores acima do previsto, em prazos considerados excessivamente curtos.
A corregedoria da Comurg analisou os processos administrativos relacionados a esses acordos e encontrou sinais de ilicitude em todos os 34 casos investigados. Seis deles já foram concluídos e encaminhados ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e à Polícia Civil de Goiás (PCGO), para que as autoridades tomem as medidas cabíveis. A companhia informou que enviará os demais processos gradualmente, em cumprimento à legislação vigente, que exige o encaminhamento imediato sempre que se constatam possíveis crimes.
Além da investigação criminal, a Comurg abriu Processos Administrativos Disciplinares (PADs) para apurar a responsabilidade dos servidores envolvidos. Caso as irregularidades sejam confirmadas, eles poderão sofrer sanções que variam desde advertências e suspensões até a demissão por justa causa.
O presidente da Comurg, coronel Cleber Aparecido Santos, ressaltou que a investigação interna reforça a intenção da companhia de garantir uma gestão eficiente e transparente, sem tolerância para irregularidades que prejudiquem o serviço público.
Os servidores afastados foram mantidos fora de suas funções por cerca de quatro meses, com o afastamento prorrogado devido à complexidade dos processos. Na última segunda-feira (9), eles retornaram ao trabalho, permanecendo à disposição da corregedoria para eventuais esclarecimentos.