Destaque na música sertaneja, a boiadeira fala sobre os prós e contras do sucesso: ‘O positivo é que eu estou mostrando todo o meu trabalho, o negativo é que tem muita gente chata incomodando.’
Fenômeno no cenário musical, Ana Castela atrai multidões para seus shows, com suas músicas dominando as paradas de sucesso. Aos 21 anos, a boiadeira, como é conhecida, alcançou o reconhecimento máximo no Grammy Latino 2024, conquistando o prêmio de Melhor Álbum de Música Sertaneja com “Boiadeira Internacional Ao Vivo”.
Em um curto período, a cantora, também indicada ao Prêmio Multishow, atingiu conquistas que muitos artistas perseguem por toda a vida sem alcançar. E ela tem plena noção disso! Reconhecendo o momento extraordinário de sua carreira, Ana admite que nem em seus maiores sonhos imaginou alcançar tanto em tão pouco tempo:
“Óbvio que, quando a gente começa a cantar, pensamos em crescer, ter um nome forte, mas eu não esperava que seria tão rápido assim, que eu ia conseguir um Grammy tão nova e em tão pouco tempo. E isso é muito bom, porque estou vendo que Deus realmente está querendo que eu permaneça aqui onde estou”.
Todo esse carisma, que cativou o público, incluindo as crianças, ficou evidente nos primeiros instantes da entrevista concedida ao gshow, momentos antes de sua participação no especial Amigas, programado para ir ao ar no dia 18 de dezembro, na TV Globo.
Com sua voz suave e simplicidade, Ana Flávia, nascida em Amambai, Mato Grosso do Sul, e criada em Sete Quedas, na fronteira com o Paraguai, revela suas raízes. Sem ostentações, ela afirma que mantém os pés no chão e reflete sobre sua relação com a fama.
“As pessoas são traiçoeiras, não a fama. A fama obviamente te puxa, né?! Ela te quer de corpo inteiro. A alma, tudo! Mas a gente que tem Deus no coração, família, pé no chão, cabeça no lugar, pode ir para onde você quiser”.
Com uma parte de seus objetivos profissionais já realizados, a cantora expressa gratidão pelo reconhecimento e pelas oportunidades que o sucesso trouxe, incluindo o ganho financeiro. Ainda assim, ela reflete sobre os lados positivos e negativos da fama:
“O lado positivo é que estou mostrando todo o meu trabalho, tudo o que consigo oferecer, todo o meu lado artístico, e sei que consigo mostrar isso muito bem. Mas, obviamente, também tem a parte ruim das viagens e de muita gente chata incomodando (risos), mas isso tem em todo lugar mesmo”.
A agenda cheia impossibilitou Ana de celebrar seus 21 anos (completados no último dia 16) como desejava. Em Miami para a cerimônia do Grammy Latino, a cantora aproveitou os raros momentos de folga para adiantar as comemorações.
“Fui festar lá em Miami, mas festei pouco. O meu aniversário em si mesmo, foi dentro de um avião voltando para casa e dentro de um carro. Mas nossa… ter ganhado o Grammy já foi um presente que vale por três anos”.
Ainda emocionada com a disputada estatueta, a artista relembrou a noite inesquecível. “Cheguei atrasada porque passaram um horário e era outro, mas graças a Deus cheguei faltando um tempo ainda para premiação. Não parava de tremer, pois não conseguia conter a minha ansiedade”.
“Falei que não ia chorar se eu ganhasse para manter a postura, né gente?! Mas não aguentei. A hora que ouvi o moço falando meu nome, comecei a chorar muito. Só pensei em puxar meu empresário para levar junto comigo, porque não estava nem conseguindo andar. Mas foi uma emoção e tanto. Quando saí, na hora liguei para minha mãe, que estava chorando também. Foi uma loucura tão boa, que eu passaria mil vezes de novo”, afirmou.