O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja neste sábado (11) para Roma, onde participa, na segunda-feira (13), da abertura do Fórum Mundial da Alimentação e da Segunda Reunião do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
Promovido pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o Fórum reforça o protagonismo do Brasil nas discussões sobre segurança alimentar e redução das desigualdades globais.
A reunião da Aliança, copresidida por Brasil e Espanha, reunirá ministros, agências da ONU, bancos de desenvolvimento e organizações civis. O grupo vai avaliar o primeiro ano da iniciativa, lançada em 2024 sob liderança brasileira no G20, e discutir novos planos nacionais de combate à fome e à pobreza.
A Aliança e seus resultados
Desde sua criação, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza tem concentrado esforços em países vulneráveis como Etiópia, Quênia, Haiti, Ruanda e Zâmbia. Por meio da Iniciativa Fast Track, o programa apoia políticas públicas e mobiliza mais de 80 parceiros técnicos e financeiros.
Segundo o Itamaraty, nove planos nacionais estão em fase de implementação. O organismo também registra crescimento acelerado, com quase 200 membros — entre governos, universidades, agências internacionais e bancos multilaterais. Outros 13 pedidos de adesão estão sob análise, incluindo países da África, América Latina, Ásia e Oriente Médio.
Itália como palco da diplomacia brasileira
Em Roma, Lula inaugura o novo espaço institucional da Aliança Global, que servirá de base para suas operações técnicas e administrativas. O retorno ao Brasil está previsto ainda para segunda-feira (13). O convite partiu do diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, que telefonou a Lula em julho para informar que o Brasil havia saído do Mapa da Fome, resultado que reforça o simbolismo da presença brasileira no evento.
Fórum Mundial da Alimentação: 80 anos da FAO
O Fórum Mundial da Alimentação vai até 18 de outubro e marca os 80 anos de fundação da FAO, criada em 1945. A edição de 2025 adota os pilares Juventude, Ciência e Inovação e Investimentos, guiados pelos “quatro melhores”: melhor produção, melhor nutrição, melhor meio ambiente e melhor vida.
O encontro integra a Agenda 2030 da ONU e reconhece boas práticas em agricultura sustentável e segurança alimentar.
Com essa agenda, Lula reforça o papel do Brasil como articulador de políticas globais contra a fome, um tema que o presidente transformou em marca diplomática e eixo central de sua atuação no G20.