Em meio à luta para garantir a prisão domiciliar do general Augusto Heleno, a defesa precisou corrigir informações sobre a cronologia da doença de seu cliente. O ex-ministro, de 78 anos, que o STF condenou a 21 anos de prisão por tentativa de golpe, alegou em exame médico que possuía o diagnóstico de Alzheimer desde 2018.
No entanto, em manifestação protocolada no STF no sábado (29), a defesa corrigiu o prazo. Os advogados informaram que médicos diagnosticaram o general somente em janeiro de 2025, embora eles tenham realizado exames específicos em 2024.
A defesa negou categoricamente a alegação de 2018:
“A defesa técnica reitera que em nenhum momento alegou que o requerente [Heleno] teria sido diagnosticado com a doença de Alzheimer em 2018. Assim sendo, não há exames a colacionar referentes a tal doença entre os anos de 2018 e 2023, eis que realizaram os exames específicos em 2024 e só fecharam o diagnóstico somente em janeiro de 2025”, escreveram os advogados.
A defesa busca a prisão domiciliar para o militar devido à idade avançada e comorbidades. A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com a concessão do benefício, mas o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, exige mais esclarecimentos.
Moraes ordenou que a defesa apresente exames complementares e esclareça se eles informaram o diagnóstico à Presidência da República ou a outros órgãos entre 2019 e 2022, período em que Heleno chefiava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Os advogados afirmaram que o general não tinha o diagnóstico da doença durante esse mandato e, portanto, nada informaram.
Heleno cumpre pena definitiva em uma sala no Comando Militar do Planalto desde que o Exército e a PF o prenderam na terça-feira (25). Nesta segunda (1º), Moraes deu cinco dias para que os advogados informem se aceitam o pedido de visita que o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) fez.








