A “investigação pessoal” de Eduardo Costa, pastor flagrado numa rua de Goiânia usando calcinha e peruca loira, ultrapassou as redes sociais e chegou ao comércio popular. Em menos de 24 horas após o vídeo viralizar, vendedores da região central de São Paulo começaram a oferecer o chamado “kit pastor”, composto por peruca loira, calcinha azul e blusa rosa.
Segundo o jornalista Luiz Bacci, o conjunto está sendo comercializado por cerca de R$ 70. Nos anúncios, comerciantes utilizam frases irônicas como “Dura várias investigações pessoais, não estraga”, em referência à explicação dada pelo religioso sobre o episódio. A fantasia rapidamente ganhou destaque como item humorístico, atraindo curiosos e gerando uma série de comentários nas redes.
Relembre o caso
Eduardo Costa ganhou repercussão em todo o Brasil após a divulgação de um vídeo gravado na noite de 10 de agosto, no Setor Urias Magalhães, em Goiânia. Nas imagens, o pastor aparece caminhando próximo a um bar, vestido com calcinha e peruca loira.
Após a publicação, Eduardo Costa gravou um vídeo ao lado da esposa, a missionária Valquíria Costa, alegando que o traje fazia parte de uma “investigação pessoal” para localizar um endereço. Ele afirmou ainda que teria sido alvo de tentativa de extorsão, com exigência de pagamento para evitar a divulgação das imagens.
Moradores do bairro relataram que o religioso já havia sido visto em outras madrugadas circulando pela mesma rua, estacionando, observando o movimento e retornando, sempre com vestimentas semelhantes. A identidade foi confirmada por meio da placa do veículo, registrada em nome de sua esposa. Enquanto o pastor mantém sua versão, parte da população suspeita de outras motivações.
Servidor público e pastor

O pastor tem cerca de 1,6 mil seguidores em seu perfil privado no Instagram e mantém um canal no YouTube com mais de 200 vídeos, que incluem pregações e conteúdos teológicos. Em um dos materiais publicados, ele interpreta a música “Barrabás”.
Segundo informações levantadas pelo Metrópoles, Eduardo Costa é servidor público do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) há 44 anos.Ele ocupa o cargo de analista judiciário e, em julho de 2025, recebeu vencimentos brutos de R$ 39 mil. Após os descontos, o valor líquido foi de R$ 28.807,71. No mês anterior, os ganhos brutos superaram R$ 40 mil.