Dia Mundial do Chocolate: tradição, consumo global e os desafios éticos

Comemorado em 7 de julho, o Dia Mundial do Chocolate destaca tradições, consumo global e desafios éticos e ambientais da cadeia do cacau.

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Foto: Unsplash

Hoje é Dia Mundial do Chocolate. Celebrado em 7 de julho desde 2009, a data homenageia a chegada do chocolate à Europa, em 1550, e simboliza uma das maiores paixões alimentares do planeta.

Do cacau cerimonial usado por civilizações pré-colombianas à sofisticação dos bombons suíços, o chocolate carrega sabor, memória afetiva e, também, impactos sociais e ambientais relevantes.

Segundo levantamento da plataforma World Population Review, o país que mais consome chocolate por pessoa é Luxemburgo, com quase 10 kg per capita por ano — o equivalente a cerca de 27 gramas por dia. A Suíça aparece logo em seguida, com 8,8 kg por pessoa ao ano.

Já os Estados Unidos lideram em volume absoluto: são mais de 387 mil toneladas de chocolate consumidas por ano, embora com um consumo médio de 1,1 kg por habitante.

No Brasil, apesar de não estar entre os líderes globais de consumo, a relação com o chocolate é culturalmente forte, especialmente em datas comemorativas como a Páscoa. O país também tem papel estratégico na cadeia do cacau, como produtor e exportador, com destaque para estados como Bahia e Pará.

Mudanças climáticas e trabalho infantil


Apesar da celebração, o chocolate enfrenta desafios que não passam despercebidos. Uma crise recente no fornecimento de cacau, agravada por mudanças climáticas e doenças nas plantações da África Ocidental, fez os preços da matéria-prima baterem recordes históricos em 2024 e 2025. A Costa do Marfim e Gana, responsáveis por cerca de 60% da produção mundial de cacau, são os países mais afetados.

Além da escassez, a indústria convive com denúncias sobre trabalho infantil. Estimativas de organizações internacionais apontam que entre 1,5 e 2,1 milhões de crianças estão envolvidas em atividades perigosas nas lavouras de cacau nesses dois países. A pressão por práticas mais éticas tem aumentado, e certificações como o selo Fairtrade vêm ganhando espaço no mercado internacional, principalmente na Europa.


Equilíbrio

Do ponto de vista nutricional, o chocolate é fonte de antioxidantes naturais, como os flavonoides, que podem contribuir para a saúde cardiovascular. Também contém teobromina e pequenas quantidades de cafeína, o que ajuda a melhorar o humor e a disposição.

Por outro lado, o consumo em excesso, especialmente das versões ao leite e branco, pode levar ao ganho de peso e elevar os níveis de açúcar no sangue. Cem gramas de chocolate ao leite, por exemplo, possuem cerca de 540 calorias.


Celebrações e consumo consciente

Pelo mundo, o Dia Mundial do Chocolate é comemorado com lançamentos de produtos, visitas a museus temáticos — como o Museu do Cacau, em Zurique, e o de Hershey, nos EUA — e ações promocionais em lojas e confeitarias. No entanto, cresce também o apelo por um consumo mais consciente: ao escolher produtos com selos de comércio justo, o consumidor ajuda a valorizar pequenos produtores e combater práticas ilegais ou prejudiciais na cadeia produtiva.


Celebrar o chocolate é reconhecer sua importância cultural, econômica e afetiva — sem esquecer o custo real de sua produção. Em tempos de crise climática e de busca por justiça social, o chocolate também pode ser símbolo de escolhas mais responsáveis.

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