Lula x Trump: entenda a troca de farpas entre os presidentes

Lula rebate ameaças de Trump ao Brics e diz que Brasil não aceitará interferência nem tutela estrangeira.

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Foto: Ricardo Stuckert / PR

A cúpula dos Brics no Rio de Janeiro acabou na segunda-feira desta semana (7). O evento ficou marcado por uma troca de farpas entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Com a hegemonia do dólar ameaçada pelo BRICS, Trump resolveu provocar e ganhou resposta do representante do Executivo brasileiro.

Ameaças

Em publicações feitas na rede Truth Social, Trump ameaçou impor tarifas de 10% a países que, segundo ele, estejam alinhados a “políticas antiamericanas” do Brics. O republicano não especificou quais nações seriam afetadas nem o que entende por tais políticas.

Bolsonaro no meio

No mesmo pronunciamento, Trump saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que o brasileiro sofre “perseguição” e é “inocente”. O republicano ainda prometeu acompanhar o caso pessoalmente e criticou o sistema judicial brasileiro. Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado e foi declarado inelegível pelo TSE em 2023.

Resposta de Lula

Lula respondeu sem citar nomes. “Ninguém está acima da lei, sobretudo os que atentam contra a liberdade e o Estado de Direito”, afirmou em uma rede social. Durante entrevista na cúpula, o petista classificou como irresponsáveis as ameaças feitas por Trump pela internet. “Não acho correto um presidente do tamanho dos Estados Unidos ficar ameaçando o mundo pelas redes sociais”, disse.

Desenvolvimento

O presidente brasileiro também defendeu o Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, afirmando que o grupo “não nasceu para afrontar ninguém”. O bloco publicou a “Declaração do Rio de Janeiro”, em que critica medidas unilaterais no comércio internacional e apoia o multilateralismo.

Soberania

O governo brasileiro reagiu. A ministra Gleisi Hoffmann disse que o tempo de submissão aos EUA acabou. O advogado-geral da União, Jorge Messias, reforçou: “A soberania brasileira não se negocia.” Já ministros do STF evitaram confronto direto com Trump, mas um deles classificou as falas como “risíveis”.

Justiça

A ofensiva de Trump gerou reações internacionais. A China afirmou que “usar tarifas para coagir países não serve a ninguém”. A Rússia destacou que o Brics “nunca foi contra terceiros” e a África do Sul defendeu o bloco como promotor de uma ordem global mais justa.

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