A Universidade Federal de Goiás (UFG) levará à COP30 uma amostra da ciência produzida no Cerrado e projetos voltados à sustentabilidade e à mitigação das mudanças climáticas. A conferência, que ocorre hoje (10) a 21 de novembro em Belém (PA), reunirá lideranças políticas, especialistas e representantes da sociedade civil de mais de 190 países.
A instituição goiana participará tanto das negociações oficiais da ONU quanto da programação técnica e científica. Na Zona Azul, espaço administrado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), a secretária de Inclusão da UFG, Luciana Dias, atuará como delegada oficial do Brasil, acompanhando as tratativas sobre compromissos climáticos globais.
Já na AgriZone, área dedicada à agricultura sustentável e coordenada pela Embrapa, a professora Graciella Corciolli, da Escola de Agronomia, apresentará o Programa Nacional de Formação em ATER para Assentamentos de Reforma Agrária e Contribuições para a Agenda 2030 (Profor-EXT). O projeto oferece assistência técnica e capacitação a mais de 6,5 mil famílias em 96 assentamentos rurais, incentivando práticas como agroflorestas, restauração ecológica e agricultura de baixo carbono.
O Centro de Monitoramento e Pesquisa do Cerrado (CEMPA-Cerrado) também terá papel central na delegação. O diretor Manuel Ferreira representará a UFG em painéis sobre inovação climática, conservação do Cerrado e pagamento por serviços ambientais, além de divulgar a proposta de criação do Instituto Nacional do Cerrado (INC), que busca integrar pesquisas e políticas públicas voltadas ao bioma.
O pesquisador Angel Domínguez Chovert, do Instituto de Física, levará dados sobre previsão ambiental e impactos do clima na agropecuária goiana. Segundo ele, a mudança climática afeta diretamente a produtividade agrícola e ameaça a biodiversidade regional.
A delegação da UFG se completa com a professora Laís Forti Thomaz, chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Ela participará de painéis sobre Combustíveis Sustentáveis de Aviação (SAF), hidrogênio verde e descarbonização, representando o avanço brasileiro em energias limpas.
Com presença em múltiplas frentes, a UFG reforça seu papel como polo de conhecimento científico sobre o Cerrado e sua contribuição para o debate global sobre um futuro ambientalmente equilibrado.
*Com informações Kharen Stecca – Jornal UFG








